
A esperança que nasce em tempos de crise
03/01/2014 21:41Isaías 43: 18-19
Isaías foi um profeta chamado a profetizar ao Reino do Sul, contudo sua mensagem alcança ambos os Reinos, isto é, Judá e Israel. Judá enfrentava momentos difíceis devido à rebeldia e pecado do povo, mas, ao mesmo tempo, desfrutava de um momento de renovo espiritual. A nação de Judá havia sido ameaçada de destruição pela Assíria e pelo Egito, todavia foi poupada por causa da misericórdia de Deus. É nesse contexto que Isaías começa a proclamar a mensagem de arrependimento do pecado e de esperança motivada pela expectativa do livramento vindo de Javé. Assim, a principal mensagem que se pode depreender do livro de Isaías traduz-se no estabelecimento de um fundamento firmado na promessa de esperança destinada ao remanescente fiel do povo de Deus.
O capítulo em questão nos permite entender que Deus, por cuidar do seu povo, estabelece a redenção do cativeiro; utiliza o que pode ser aparentemente desfavorável para cumprir seus desígnios e convida o seu povo a apegar-se ao novo destino que Ele irá proporcionar.
Como povo de Deus e Igreja do Senhor, podemos estar reféns das intempéries da vida que se traduzem como produto da caminhada e do nosso afastamento em ralação aos projetos de Deus. Tal situação pode nos levar para um cativeiro histórico, existencial e até mesmo pessoal, mas podemos olhar e perceber que Deus, o SENHOR, por zelar por aqueles que são chamados pelo seu nome, nos fornece a redenção condicionada ao retorno aos padrões estabelecidos em sua palavra.
Sabemos que na história de ambos os Reinos, Israel e Judá, ecoou, em diversos momentos, um alarido de derrota e os diversos cativeiros, pareciam apontar para o fim; contudo Deus usou os diversos momentos de oposição e dificuldade para organizar a nação, trazer a juízo todo o pecado que estava oculto e fazer com que ambos os Reinos se voltassem para o seu integral governo e sua completa dependência.
Observamos o agir de Deus através da exortação feita a Judá que admoestava o povo a esquecer o tempo em que lutava para ser uma nação em meio a tantas outras, e, ao mesmo tempo, o convidava a voltar-se para Ele e seu propósito que contempla, dentre muitas coisas, o desfrutar da sua plena e graciosa presença no cotidiano.
Diante disso, entendemos que, embora Judá ainda não houvesse sido completamente restaurada, Deus traz a segurança de que as transgressões seriam apagadas e o futuro da nação seria completamente diferente do passado. “Uma coisa nova” é esse povo que estava florescendo através do processo de cativeiro e retorno, através do processo de pecado e perdão, de afastamento e reconciliação.
Igreja do Nazareno, irmãos em Cristo, o SENHOR te diz: “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que farei uma coisa nova, e, agora, sairá à luz; porventura, não a sabereis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo”.
Pr. Marcio Amaral
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